VISUAL MERCHANDISING – O Vendedor Silencioso

Apesar de ser um termo em inglês, é difícil encontrar palavras em portugues que representem tão bem as funções a serem exercidas por essa atividade. Uma definição bastante objetiva de VM seria: “O pocesso de promover vendas através da criação e produção de imagens na loja que incentivem ou acelerem a decisão do cliente”
São as ações do VM (visual merchandising) que, junto com a reposição das coleções e produtos, mais o projeto e instalações da loja, criam a imagem da marca e posicionam a loja no mercado, estabelecendo o grau de desejo que seus produtos despertam no publico consumidor.

O importânte é lembrar que o merchandising é o produto certo, no lugar certo, na forma de exposição correta,na quantidade certa e com a comunicação visual adequada, e que além de trabalhar a exposição, também facilita o giro de produtos e a comunicação com o consumidor. Por isso, ele é chamado de “vendedor silencioso”, esta talvez seja a maneira mais simples ( e poética) de definir a função. Ressalta de forma sutil, a importância de somarmos talento, criatividade e técnica para estabelecer e manter a imagem da loja na mente do consumidor, suportando os outros esforços promocionais de venda.

Se sua antiga função era fazer a loja mais bonita, sua atual missão é fazê-la mais vendedora.

O objetivo é tão importante que deve ser gerenciado estrategicamente pelas pessoas com poder de decisão na empresa. Quando bem conduzido, planejado a curto e médio prazos, acompanhado com frequencia, e avaliando no dia a dia, o VM realmente tem o poder de potencializar a capacidade da loja de vender mais.

No varejo de moda, a questão do planejamento é ainda mais importante. Mas dinâmico, beirando a histeria, o segmento tem obrigação de conciliar o calendário promocional, acompahar o lançamento de coleções e as entradas das mini coleções e se virar com a indecisão do tempo e com as necessidades comerciais. Haja datas e criatividade para tantas mudanças. Não é à toa que, a maioria dos lojistas, acaba seguindo a lei do mínimo esforço ( e de menor resultado) e apenas muda as roupas dos manequins.

Não é essa a expectativa do público. O consumidor frequenta os shoppings em busca de novidades e tem a sua atenção disputada por um impressionante número de vitrines.Quem consegue destacar-se, produzindo imagens atrativas e emocionantes, sai na frente.

É comum confundir o trabalho de VM com vitrinismo. Na verdade a vitrine é o mais importante recurso e espaço onde o VM acontece, porém não é o único. O VM se materializa tanto na vitrine como no interior da loja, nos seus equipamentos de solo, na parede e nas eventuais áreas de destaque internas ou pontos focais.

A vitrine é o espaço onde a mercadoria é mais bem tratada, mais bem exposta, sempre em destaque e valorizada. É a área mais adequada e visível para demonstração do posicionamento e valores da marca.

A parede é um espaço de grande impacto visual, com maior capacidade de abrigar produtos. Definir a melhor forma de abrigá-los e expô-los é função do VM. Dobrados ou no cabide? Se no cabide em apresentação frontal ou lateral? As calças dobradas ou penduradas presas pelo cós? , etc... Isto incentiva o acesso do consumidor, lembre sempre de sugerir produções tanto internamente com a massificação dos produtos assim como na vitrine (obrigatório).

Quando bem aplicado o VM é responsável pela experiência de compra positiva e imagem na cabeça dos consumidores com fatores essenciais que acompanham o momento da venda, tais como atendimento pessoal, tempo, conveniência, design, conforto, saúde e bem estar.

Lembre-se que o consumidor, não busca apenas roupa, ou apenas moda... Ele quer estar bem, ele quer se sentir bem, ele quer fazer parte de um grupo, e neste momento que devemos identificar seus anseios para assim tentar satisfaze-los.

Espaços comerciais muito parecidos estão deixando os consumidores “enfadados”, não esqueça disso...

Dica do Dia 07/09/2010

"As normas não negociáveis da loja devem ser reforçadas continuamente através da orientação do gerente"