domingo, 10 de outubro de 2010

Turn Over no Varejo...

Conseguir reter os profissionais mantendo o nível de motivação principalmente daqueles que estão em contato diretamente com o consumidor é uma tarefa para os gerentes e supervisores, fidelize a sua equipe! Atualmente alguns vendedores não tem visão de carreira, por isso, qualquer problema na loja ou uma proposta um pouco mais vantajosa, os leva a abandonar a empresa. Um fator determinante é saber contratar mas também é saber reverter todo pedido de demissão, pois se o pedido for motivado por uma melhor bonificação, clima da loja (relacionamentos) , etc... deve ser feito um esforço para a manutenção do funcionário. A franqueza entre empresário e empregado é essencial, deve haver um canal aberto de ambos os lados, para o diálogo desde a contratação até a reinvindicação para melhorias, a comunicação horizontal é primordial, pois valoriza a participação dos funcionários e os insere no contexto da empresa.
Estabelecer um plano de carreira é fundamental para o sucesso. A condição de crescer dentro da empresa e a possibilidade de assumir uma nova responsabilidade contribui para o desempenho e a permanencia do funcionário.  Entretanto, para o plano de carreira dar certo, é essencial investir em treinamentos e conhecimento. O gerente deve incentivar a sua equipe a continuar estudando, se qualificar , profissionalizar, crescer, assim como deve fazer treinamentos continuos para desenvolvimento do grupo, e de futuros back up na empresa, lembre, se surge uma vaga Gerencial  e você como supervisor não tem alguem para promover, o seu plano de carrera está falho,  o fato de ir em busca de profissionais fora da empresa também  pode ser um dos fatores de desmotivação das equipes.
Se tiver 1 vaga de vendas na sua loja, faça a contratação de 2 profissionais, assim você poderá escolher entre 1 deles no final do contrato de experiência (90 dias), tendo a garantia de que a loja não venha a sofrer ou perder vendas já que um deles vai ser desligado. Os impactos no desempenho da loja pelo alto turn over podem ser desastrosos, perda da produção causada pela ausência do funcionário até que seja recolocado um novo, baixa produtividade da próxima pessoa em função da fase de adaptação e treinamento, a conduta do desligado afeta os demais do time (sempre ocorre alguma repercussão na equipe), reflexo no atendimento de clientes, fuga do funcionário para o concorrente com os conhecimentos da empresa., etc.. As mudanças constantes de funcionários afastam os clientes e prejudicam o desempenho das lojas, a rotatividade alta é extremamente onerosa para a empresa, além dos custos de demissão, existem os custos de recrutamento e seleção, além do tempo que isso toma. Também podemos dizer que os clientes fiéis de um ponto-de-venda sentem a troca constante de vendedores, pois não conseguem criar um vínculo pessoal com a loja e deixam de ser percebidos como únicos. Isso pode levar a um rompimento dessa fidelidade.
Há lojistas que alegam ter obtido pouco retorno com o treinamento e a reciclagem dos funcionários, errado!, é fundamental treinar constantemente as equipes de venda. Além do  mercado ser dinâmico e requerer atualização permanente, quem contrata raramente encontra pessoas prontas, que possam atuar exatamente com a empresa determina. O problema é que a mudança de atitude é demorada e exige investimento contínuio. Não é com uma palestra que se mexe em motivação, liderança, delegação, qualidade de atendimento, etc. Eventos curtos e pontuais são muito rapidamente perecíveis, levando às empresas a percepção errada de que treinamento não resolve. No que diz respeito a conhecimentos e habilidades, os treinamentos pontuais apresentam melhores resultados, embora também precisem de reciclagem periódica. Mas a mudança de atitude vai além do módulo de treinamento, exigindo um comportamento diferente e mais elaborado da empresa em toda a gestão, desde o recrutamento e seleção.

Dica do Dia 10

Um gerente de sucesso não deve  proteger pessoas das consequências de suas próprias atitudes. Ao colocar alguns vendedores embaixo de suas asas, alguns gerentes acabam admitindo, mimando e alimentando atitudes que destroem a motivação da equipe para tentar agir de forma correta. Ao aceitar e proteger o erro acabam deixando de serem líderes. O líder não cede nem desiste, apóia e instrui. Sempre.

Supervisor Tradicional X Supervisor Líder

Qual é o principal objetivo de um supervisor?

O supervisor de varejo desenvolve o seu conhecimento pela experiência profissional e vivência. Hoje um Supervisor deve ser eficaz, não aceitando somente a eficiência no seu trabalho. (Eficácia é fazer as coisas certas e eficiência é fazer certo as coisas), isto significa que nem tudo que fizermos corretamente representará em resultados positivos para a empresa. Outro fator importânte é a liderança, existe a afirmação de que os líderes nascem feitos, Não é Verdade!!, pois através da qualificação e conscientização pode-se desenvolver as características principais para uma pessoa se tornar um líder.

Há profissionais que estão nesta área atuando como Supervisores e que estão fora das exigências que o mercado impõe para se conseguir estruturar equipes motivadas, comprometidas com o seu trabalho e fidelizadas à empresa, cometem erros mortais de supervisores medíocres e são facilmente identificados pelos comportamentos abaixo:

  • Estão sempre certos: usam o cargo e a autoridade para se impor. Não deixam fluir qualquer possibilidade de criatividade e inovação dentro das suas equipes;
  • São estressados e perdem a calma, por qualquer coisa: discutem, insultam, não respeitam os sentimentos. Não são respeitados, são temidos pelas suas equipes;
  • Não assumem seus erros: somente assumem o sucesso, quando algo sai errado a culpa sempre é da equipe, gerando ressentimentos e desmotivação de todos;
  • Sem tolerância: para tudo que não se encaixa nas suas crenças em relação as pessoas, projetos e ideias;
  • Se consideram perfeitos: querem ter o controle de tudo, e apresentam sérios problemas quando não estão no comando. Eles, ao contrário do que pensam, são o centro do problema.;
  • Não delegam: centralizam as decisões, chegando ao extremo de não delegar tarefas. Acham que sem eles, a empresa seria o caos;
  • Não desenvolvem os seus gerentes: agem como se eles fossem vendedores responsáveis, a falta de desenvolvimento da equipe gerencial não fará a empresa crescer, pois por sua vez os gerentes não darão a devida importância ao desenvolvimento das equipes de vendas, e assim a gestão continuará falha.
  • Não tem um propósito maior na vida: trabalham sem ética, onde os resultados justificam os meios empregados, resultando em equipes com muitas desavenças;
  • Não reconhecem o mérito dos outros: não trabalham com benefícios e premiações para quem se destaca. Julgam ser obrigação profissional. Criam um ambiente altamente desmotivador;
  • Sem inteligencia emocional: tem um bom nível de inteligência, são qualificados, mas pobres em qualidades pessoais, não conseguindo ser aceitos por todas as áreas da empresa;
  • Sem visão empresarial: são motivados por resultados à curto prazo, não sabem trabalhar com planejamento e metas para médio e longo prazo. Não trabalham com metas qualitativas;

Diferenças entre um Supervisor Tradicional e um Supervisor Líder:
supervisor tradicional: Controla o que se faz na organização
supervisor líder: Catalisa mudanças essenciais à organização

supervisor tradicional: Impõem suas idéias
supervisor líder: Negocia visando resultados específicos

supervisor tradicional: Tem postura centralizadora
supervisor líder: Potencializa o poder das pessoas

supervisor tradicional: Limita e define a área de atuação do seus gerentes
supervisor líder: Libera a criatividade

supervisor tradicional: Centra-se na questão “o que”
supervisor líder: Preocupa-se com a questão “como”

supervisor tradicional: Mantêm as pessoas em seus lugares
supervisor líder: Atua como facilitador incentivando o crescimento profissinal/plano de carreira

supervisor tradicional: Segue a linha do “Eis o que vamos fazer”
supervisor líder: Cria ambientes motivados, utilizando recompensas e estímulos positivos.