quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Loja Fala - comunicação no ponto de venda.

Vocês já leram o livro de  Weil e Tompakow , “O corpo fala".  Prestem atenção  pois de uma forma implícita acabamos falando  com a nossa comunicação corporal,  posturas e movimentos do nosso corpo.
É um livro super interessante...
Agora vamos transferir esta  forma de comunicação para a nossa loja e seus elementos, o que eles nos passam, como é que o consumidor nos vê e qual o recado inconsciente passamos para ele?.
Olhe para sua loja, saia durante o dia de trabalho e fique observando de longe os movimentos/postura  da sua equipe,  dos consumidores passando no seu corredor, se param em sua vitrine,  quanto tempo eles permanecem  nela.  Se você chegar mais pertinho deles, poderá ouvir os comentários que  fazem a respeito dos produtos ou simplesmente interpretar o olhar do consumidor.
O consumidor avalia tudo isso antes de entrar em sua loja,  comportamento de vitrine,  da equipe, a ambientação e oferta de produtos, etc....é a sinestesia que fará o consumidor se envolver e aprovar ou reprovar a sua loja fechando negócio com a sua marca.
Saber gerenciar os sinais que o PDV (ponto de venda) é uma ciência que exige experiência, conhecimento, observação e muita disciplina. 
Abaixo relacionamos algumas "expressões" que a loja pode passar, de forma implícita:
·         Loja suja, com lâmpadas queimadas e mobiliário depreciado:
Consumidor: Esse é um lugar descuidado. Provavelmente eles também  não devem ter cuidado com seus produtos e seus clientes .
·         Vendedores conversando, falando de sua vida particular:
Consumidor: Esse pessoal parece não estar motivado a fazer o seu trabalho. Não sei se devo confiar em suas opiniões e sugestões. 
·         Vendedores comentando sobre um cliente que acabou de sair:
Consumidor: Se eles falam assim do cliente que saiu, o que falarão de mim ao sair? 
·         Equipe ouve o cliente e argumenta com base nas informações obtidas:
Consumidor: Essa loja parece estar preocupada em satisfazer seus clientes .
·         Produtos bagunçados, espalhados pela loja, com a loja cheia:
Consumidor: As coisas parecem estar boas por aqui. Vou ver se consigo achar algo para mim nesta bagunça .
·         Produtos bagunçados, com a loja vazia:
Consumidor: As pessoas parecem não estar interessadas em fazer o seu trabalho.
·         Vitrine com muitos produtos, expostos aleatoriamente:
Consumidor: Esses produtos devem ser baratos .
·         Vitrine com produtos coordenados, bem expostos e fazendo parte de um conceito de comunicação visual:
Consumidor:  Essa loja é antenada. Me parece que se comprar aqui, estarei fazendo uma compra 'na moda" .
·         Excesso de sinalização promocional, sempre com destaque:
Consumidor: Esse pessoal está meio desesperado.
·         Promoções pontuais, tratadas de forma diferente do restante da loja:
Consumidor: Essa parece ser uma oportunidade. Acho que vou aproveitá-la. 
·         Caixas espalhadas pelo meio da loja, cheias de mercadoria:
Consumidor: Esse pessoal parece ser meio desorganizado e seus produtos talvez não valham tanto. 
·         Loja milimetricamente arrumada, com acesso restrito aos produtos:
Consumidor: Acho que nem vou olhar mais nada, pois se eu não levar, é capaz do pessoal achar ruim porque eu baguncei as coisas.

Esses são breves exemplos de que layout do PDV, manutenção, operação de loja, treinamento de equipe e visual merchandising  podem interferir muito na percepção que os consumidores vão fazer da sua loja e da sua marca. 
Uma vez definido qual é o "texto" que seu consumidor intuitivamente escutará na loja, entra em cena a disciplina de execução – característica comum aos varejistas de sucesso. Fique de olho, "escute" sua loja  pois ela fala!

Nenhum comentário:

Postar um comentário